segunda-feira, 9 de março de 2009

O contador de histórias; A briga (ficção)


Um contador de histórias como eu , já presenciou e observou muitos conflitos e pequenas histórias diárias também, sempre procurando analisar cada mínimo detalhe, tentando saber o máximo possível sobre algum acontecimento para poder transcreve-lo o melhor e mais claramente possível; é claro que todo contador de histórias deve tentar ser o mais imparcial possível, para que suas 'preferências' não modifiquem o que realmente aconteceu.

Hoje vim contar a respeito de uma briga que aconteceu no colégio. Quando falamos em briga em colégio logo nos vem a cabeça dois ou mais meninos 'metidos a besta' querendo se bater(ou até se batendo) em algum canto com um grupinho de amigos e curiosos em volta apoiando ou reprovando a ação dos mesmo; mas não dessa vez.

Eram duas meninas, estavam no meio do pátio do colégio, eu não as conhecia, e não precisei ir a lugar algum para ter a minha história, elas 'vieram até mim', eu estava sentado no banco central do pátio, como sempre, observando tudo que acontecia a minha volta - a gente nunca sabe quando uma boa história pode 'aparecer' -, até que elas apararam a minha frente e começaram a discutir:
"Sua vaca" a menina mais alta e loira disse "você não tem vergonha na cara não?"
Ao escutar isso, diversos motivos vieram a minha mente mas nada que eu pudesse dar certeza.
A outra menina, morena baixa (menos bonita, mas com um corpo visivelmente mais avantajado do que a loira, e também com uma aparência mais vulgar no geral) continuou calada, mais ainda olhava de certa forma 'irritada' para a outra.

Com a ausência de resposta a loira continuou "Pensei que fossemos amigas, como você pode fazer isso comigo?" dando ênfase no amigas. Agora, todos no pátio pareciam prestar atenção mais de uma forma 'disfarçada'. Talvez tenha sido essa fala que despertou a morena, que parecia estar intediada, e fez com que ela respondesse com um certo espanto, "AMIGAS?" - sua voz estava um pouco elevada no momento - ela riu sem achara menor graça e continuou, "Nós nunca fomos realmente amigas, Mariana!"

Os olhos de Mariana encheram de lágrimas, suas pernas fraquejaram e ela despencou, no chão e em lágrimas. As pessoas já não conseguiam disfarçar ou simplesmente não queriam, estavam olhando diretamente para as duas, com expectativas brilhando em seus olhos.

Um rapaz alto de cabelos longos (para um rapaz) foi até Mariana tentar ajuda-la; "meu amor, deixa isso pra lá, você mesma me disse que não confiava muito nela"
nessa hora imaginei que aquilo não passava de uma falsidade entre amigas, mas no minuto seguinte me vi contrariado, não que eu tivesse arrumado outra ideia fixa, é só porque aquilo parecia ser um pouco mais 'doloroso'. (afinal meninas brigam por falsidade diariamente, e aquilo nunca havia ocorrido antes).

"Fernando, talvez você devesse ter prestado mais atenção no que eu te disse não acha?" Mariana disse, agora um pouco aborrecida.
"Eu prestei meu amor..."
"Não é o que parece" Mariana o cortou antes que ele pudesse terminar sua fala, e sua voz soou um pouco áspera.
"Vamos parar com essa babaquice, Mariana"
"Cala a boca Laura!" Foi a vez de uma voz desconhecida falar. Esse mesmo não parecia estar ali a muito tempo.
"Você também vai ficar ao lado dela Bruno? pensei que você gostasse de mim!"
"Não estou do lado de ninguém" Se ouviu alguns ruídos de desaprovação, Bruno não se abalou por isso. "Eu sabia que você não prestava..." uma onda de zoações para com a morena tomou o pátio; mas logo todos se calaram, "Mas mesmo assim sempre fui apaixonado por você. Sempre aturei tudo que você fez, mais dessa vez você passou dos limites"

Fernando consolava Mariana silenciosamente, Laura estava com a mesma cara irritada e ao mesmo tempo despreocupada, Bruno parecia descepcionado mas também conformado, todos ao redor incluindo a mim mesmo estavam aflitos e curioror para saber o motivo de tal discurção e como ela iria acabar.

No momento em que Laura abriu a boca para responder Bruno, o sinal que indicava o fim do intervalo soou.
"Vamos meninas." Ela mudou sua fala, agora olhava para outras duas morenas de feições diferenciadas, mais de vulgariadade similar, as duas a seguiram, entraram pelo corredor indo em direção as salas de aula... Mariana ainda meio chorosa, porém melhor, gritou "Isso não acaba aqui, vagabunda." Ouviu-se risos vindo das Três morenas que seguiam pelo corredor, as mesmas foram seguidas pelos demais estudantes. (...) Isso não acabaria tão cedo.



Passa tempo da aula de gramática *O*' Só posto mais, se pedirem :*

Um comentário:

Éter Na Mente disse...

É um dom transformar o cotidiano em textos precisos.
Parabéns pelo blog.
Abraços fraternais