terça-feira, 6 de julho de 2010

O inicio do meu fim - 7ª

(...)
Comecei a atravessar a rua, mas um carro preto parou na minha frente e a porta se abriu, outro cara bem parecido com os dois que vinham, agora mais rápido, atrás de mim saiu do carro e falou:
- Sofia certo?
Eu apenas assenti com a cabeça, fui pega, pensei. E segurando no meu braço disse:
- Entre no carro, por favor

...

Não tinha muitas escolhas, então, meio relutante, entrei no carro. O interior daquele carro fazia com que eu me sentisse estranha, mas eu já estava confusa e assustada demais para poder reparar e pensar o porque disso tudo.
Após entrar no carro o silêncio prevaleceu por um tempo, aposto que esse silêncio não durou 5 minutos, mas devo confessar que para mim pareceu uma eternidade, e logo depois o mesmo cara que havia segurado meu braço e me colocado para dentro começou:
- Não fique assustada -como se isso fosse possível- só quero conversa.
- Bem se é só isso que o senhor quer, eu me sentiria mais confortável que conversássemos ao ar livre.
Dando uma gargalhada ele continuou:
- Bem Sofia(?), infelizmente isso não será possível. Gostaria que me respondesse algumas coisas.
- Eu tenho escolha?
- Acredito que não.
- Então vá em frente, pergunte.
- Primeiro de tudo, você está ciente de que deve se afastar do senhor Rafael, certo?
- Devo?
- Segundo, a senhorita também sabe que nós sabemos sobre sua ligação com ele, certo?
- Ligação? Do que você está falando?

Eu realmente achei que pudesse me safar me fazendo de desentendida, mas aos poucos, e cada vez que ele me fazia uma nova pergunta, eu percebia que não, que todas suas perguntas eram mais retóricas do que realmente para que eu as respondesse...

O tal homem derrepente parou as perguntas e ficou me observando por um tempo, então voltou a falar:
- Talvez você já tenha entendido.
Então eu como se não tivesse o escutado falei:
- Desculpe, mas o senhor não me disse seu nome.
- Pode chamar de...hmm... T
- T??
- É T.
- Tudo bem Sr. T (?) Você poderia por favor me dizer o que o senhor quer, estou começando a ficar extremamente nervosa...
- Calma Sofiazinha, só queria saber se estava ciente de tudo.

O carro derrepente tinha parado, meu coração disparou novamente e eu nem podia saber aonde estavamos pois os vidros do carro tinham películas internas que impediam que vissemos do lado de fora.

- Então, chegamos.
Ele abriu a porta saiu e disse:
- Pode sair querida, eu disse que só queria conversar.
Eu estava em casa, e por mais que isso me aliviasse também me deixava mais insegura, ele sabia aonde eu morava...
- Não se esqueça, estamos de olho em você, esse foi só um aviso, mais de perto para que você soubesse que isso tudo é real, e não só um 'sonho'.
- Mas...
Eu comecei a falar, mas ele estendeu a mão para mim me 'mostrando' o caminho de casa, e preferi não arriscar, ele sabia aonde eu morava, mas ele não podia entrar, isso tornava minha casa um lugar seguro... Não pensei duas vezes, sai correndo em direção a meu apartamento, e ouvi ele gritar de longe;
- Não corre querida, você pode se machucar...
E depois começar a rir...

Entrei em casa me sentindo muito melhor e principalmente, segura. Havia sido uma manhã muito estranha e assustadora, e tudo que eu mais queria era poder deitar na minha cama e passar o resto do sábado assim.
Estava tudo tão tranquilo, e tudo que eu pensava era o que eu iria fazer em relação ao Rafael, não queria me distanciar dele, ainda mais agora que tudo estava ficando tão bom, mas será que se eu persistisse com isso seria bom pra mim? seria bom pra ele? ;
Dormi sem nem perceber, e pela primeira vez em um bom tempo, não sonhei com nada, absolutamente nada. Fui acordada, quando o sol já estava se pondo, pelo toque do telefone...:
- Alô?
- Sofia?
- Quem ta falando?
- Aqui é o Rafa.
- Rafa?? O que houve?
- Desculpa se te atrapalhei com algo...
- Não, tudo bem... mas o que houve, que voz é essa?
- Bem minha mãe jogou as cartas na mesa hoje, me falou de tudo, e não quer que eu te veja mais, estou te ligando escondido porque precisamos nos ver e conversar, é sério...
- Tudo? É acho que precisamos sim, tem coisas que preciso te falar também... Porque não nos falamos hoje no sonho...
- Ela sabe sobre os nossos sonhos, e... er... não vai dar... tem que ser pessoalmente... será que eu posso ir ai?
- Pode sim, mas antes toma MUITO cuidado, acho que tem alguém vigiando minha casa, e você também, então cuidado, e sei lá, se disfarça, mas...
- Tudo bem, eu já sei o que fazer, me espere, não sai de casa, vou demorar um pouco, mas farei de tudo pra chegar ai rápido...
- OK.
- Beijos minha linda.
- Be... *tu-tu-tu*

(...)

Um comentário:

Anônimo disse...

Adoreeeeeei o q escreveu até agora!

escreve maaais pleeease!
serei sua leitora com certeza!

parabéns!
seus textos estão ótimos!